No Maranhão, desemprego deve aumentar seja pelo aumento/falta de insumos e, recentemente, com o veto ao Orçamento 2021
São Luís – Está praticamente zerada a verba para dar continuidade às obras da faixa 1 do programa Casa Verde e Amarela, o antigo Minha Casa Minha Vida, com o veto do presidente Jair Bolsonaro ao Orçamento de 2021.
O corte de R$ 1,5 bilhão nas despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) deverá paralisar obras de 250 mil casas que hoje estão em construção no país. O montante emprega diretamente em torno de 250 mil pessoas e outras 500 mil entre empregos indiretos e induzidos.
No Maranhão, o cenário é preocupante. Dados do CAGED apontam que, pelo terceiro mês consecutivo, o setor foi o único a apresentar resultado negativo (-232 vagas) no mercado de trabalho em março/21. Foram 2.214 admissões contra 2.446 demissões.
Para o presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz este número deverá crescer, seja pelo aumento/falta dos insumos, a burocratização de processos e, agora, com os vetos do Executivo ao Orçamento 2021.
“Precisamos de medidas emergenciais para estimular a construção civil, e não de uma decisão como essa que provocará mais demissões, cancelamento de investimentos e provavelmente o fechamento de empresas que já estão vivendo uma situação delicada”, concluiu Nahuz.