A sondagem conjuntural da Construção Civil do estado do Maranhão, referente ao mês de agosto último aponta uma variação positiva (10,5 pontos) no nível de atividade, relativamente ao mês de julho/19, rompendo a barreira dos 50 pontos. Isto representa dizer que os empresários do setor se mostram mais confiantes, bastando, para tanto, lembrar que, em maio/19, o índice fora de 31,3 pontos, longe da faixa de otimismo.
De igual modo, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do setor da construção aumentou 4,0 pontos entre julho e agosto/19, ratificando a variação positiva apontada no parágrafo anterior. Aliás, esse sentimento de confiança fica claro quando se constata que a satisfação dos empresários também é positiva, com relação ao número de empregados, cujo índice alcançou, em agosto/19, 50 pontos, depois de 46,9 em junho e 26,6 em maio/19.
A sondagem da construção civil mostra ainda o crescimento dessa confiança, quando se verifica que as expectativas dos empresários a respeito do nível de atividade, para os próximos seis meses, sobe para 62,5 pontos, segundo a posição levantada em agosto passado. O sentimento de expansão aparece verdadeiro em termos de expectativa de compra de matérias primas, do número de empregados e da possibilidade de novos empreendimentos.
Avaliação do mercado de trabalho
As mudanças favoráveis à indústria da construção são visíveis também nos números divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) relativamente ao mês de agosto/19 e ao período de janeiro – agosto/2019.
No mês de agosto/19, o saldo entre emprego e desemprego na construção civil do Maranhão foi positivo em 970 novas vagas, enquanto que, ao longo do período janeiro-agosto/19, o saldo positivo foi de 669 postos de trabalho. Estas 970 novas vagas, criadas em agosto/19, representam 22,1% de todas as vagas criadas no conjunto da região Nordeste nesse mês (4.388).
No mesmo intervalo de janeiro a agosto/2018, as estatísticas do CAGED mostravam o fechamento de 2.066 postos de trabalho na construção civil do Maranhão, quase a metade (47,9%) do que ocorre em todo o Nordeste.
Isto é um sinal de que o setor começa a respirar melhor oxigênio do confiança no mercado e nas políticas públicas, principalmente para a habitação e obras no sistema portuário. No entanto, ainda há um longo caminho para percorrer na estrada da recuperação dos milhares de postos de trabalho desativados, notadamente a partir dos anos 2013/2014.
São Luís, 03.10.2019
Econ. José H. B. Polary
COAES/FIEMA