Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão – Fiema e vice-Presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI
A semana pré-carnaval foi de grande importância para a Fiema. A Eneva S/A, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão – Fiema, vai realizar o workshop “Field Trip Neuquén” na província de Neuquén, Argentina, no período de 7 a 11 de março deste ano, reunião que pretende compartilhar agenda das melhores práticas e lições para a exploração de Poço não Convencional e para o aproveitamento das regulações adotadas naquela cidade argentina e que poderão ser aproveitadas no Brasil e no Maranhão, região onde a empresa tem forte atuação.
O encontro internacional permitirá à comitiva de empresários, especialistas do Maranhão, do governo estadual e da CNI e às entidades acadêmicas maranhenses conhecer, em detalhes, o modelo legal praticado na Argentina e adaptá-lo às necessidades produtivas brasileiras. O Grupo Eneva é o maior operador de gás natural no país e aciona investimentos de R$ 1,7 bilhão em implantação de gasodutos e projetos de tecnologias de baixo carbono, parte deles em nosso estado.
A destinação de recursos para nosso território não para. O Consórcio Alumar está demandando R$ 400 milhões para a retomada da produção de alumínio e retornar ao patamar de 460 mil toneladas do produto ao ano. Somente nesse setor poderão ser gerados mais de 1000 empregos e acelerar a nossa economia. Espera-se que esses investimentos venham também atrair novas indústrias que tenham o alumínio como insumo básico.
O Porto do Itaqui anunciou investimentos público e privado de R$ 500 milhões para aumentar a capacidade operacional do porto maranhense. São obras de dragagem, construção de novo berço do porto, de infraestrutura e requalificação operacional. Outros R$ 800 milhões serão aplicados na concessão de arrendamento de áreas para novos terminais privados destinados a movimentação, armazenamento e distribuição de granéis líquidos, consolidando a sua posição de hub de derivados de petróleo do Norte/Nordeste brasileiro.
A VLI informa ao mercado a aplicação de R$ 2,8 bilhões na construção do trecho ferroviário Estreito-Balsas, com 245 quilômetros de extensão e contrato de concessão já assinado com o governo federal. Com a oferta dessa nova ferrovia aumentará a capacidade do escoamento das safras de grãos do Sul do estado.
Agora, passado o período momesco, a Aço Verde do Brasil comunicou ao governo estadual a aplicação de recursos de R$ 1,7 bilhão para os próximos 10 anos no parque fabril da empresa em Açailândia, na região Tocantina. O investimento será realizado na instalação de um Polo Metal Mecânico. A estimativa da empresa é de que sejam gerados mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil empregos indiretos com os investimentos programados. A Aço Verde Brasil é a primeira produtora do setor de siderurgia de carbono neutro do mundo c recebeu ano passado premiação internacional pela fabricação de produtos sustentáveis.
O Banco do Nordeste disponibilizará R$ 2,7 bilhões em investimentos para o Maranhão por meio do FNE em 2022. Os recursos contemplam diversas áreas de negócios gerando emprego e renda para os empreendedores e à população maranhense.
O Centro Espacial de Alcântara caminha para realizar os seus primeiros lançamentos no final deste ano. A estimativa é que o CEA alcançará, muito em breve, significativas receitas que alavancarão Alcântara e os municípios da Baixada, na sua área de influência. O mercado aeroespacial abrirá grande frente de tecnologia, geração de empregos altamente qualificados e facilitará a expansão do turismo, da construção civil e de negócios de última geração. Mas é preciso destravar o acesso ao município com a implantação do Terminal de Passageiros Ponta d’Areia-Alcântara que permitirá o tráfego de embarcações 24 horas por dia.
E o anúncio da Petrobras de investir R$ 8 bilhões, na bacia Pará-Maranhão, nos próximos cinco anos, demonstra um grande potencial para exploração de petróleo nessa área da Margem Equatorial brasileira, que engloba as bacias – da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, principalmente de Barreirinhas, gerando emprego e renda para o nosso estado.
Mesmo com esse pacote de recursos destinados ao Maranhão há um fato preocupante que está abalando a paz mundial. É o conflito militar surgido com a invasão de tropas russas ao território ucraniano. Essa guerra, que nos parece sem sentido, está provocando o disparo do preço internacional do petróleo e da energia no continente europeu. O agronegócio brasileiro poderá ser prejudicado com a baixa oferta de fertilizante russo, produto que abastece quase 60% do mercado nacional. O Maranhão importou mais de 160 milhões de dólares desse insumo daquele país no ano passado. O governo federal declarou que os estoques dos produtos destinados ao agronegócio estão garantidos até outubro. E lança, ainda neste mês, o Plano Nacional de Fertilizantes para ampliar a produção desses nutrientes no país.
Mineral como neônio, produto importado da Ucrânia, para utilização na fabricação de semicondutores utilizados nas indústrias automobilísticas e de eletrônicos, poderá desaparecer a curto prazo. Resta a esperança de que os combates sejam encerrados, o mais breve possível, para que vidas sejam poupadas e a paz volte a reinar nos países em confronto.