Dados indicam melhora na expectativa para a construção civil em fevereiro
Segundo dados da Sondagem Indústria da Construção, divulgado nesta sexta-feira (17), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o empresário está mais confiante e com expectativas mais otimistas para os próximos seis meses.
A pesquisa ouviu 343 empresas entre os dias 1 e 9 de fevereiro de 2023. O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade avançou 5,2 pontos em fevereiro, em relação a janeiro, atingindo 54,8 pontos. Valores acima de 50 pontos são considerados positivos. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços avançou 5,5 pontos, chegando a 53,4 pontos em fevereiro.
O presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz, acredita que com o retorno dos programas voltados para o setor, o mercado terá um expressivo crescimento. “Estamos otimistas. Esse ano a expectativa é de bons resultados na construção civil e imobiliária, com ênfase nos novos lançamentos, geração de emprego e equilíbrio nos valores dos insumos”, disse.
O índice expectação de compra de insumos e matérias-primas avançou 4,9 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo 54,4 pontos. O do número de empregados avançou 5,2 pontos na mesma comparação, para 54,2 pontos. Eles estão abaixo de fevereiro de 2022, mas romperam a sequência de quedas que vinha em curso desde os últimos meses do ano passado.
O índice de intenção de investimento da indústria da construção avançou 6,2 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo 44,7pontos. Esse avanço rompe uma sequência de quatro quedas consecutivas e retorna a um patamar próximo ao de novembro de 2022.
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI) subiu 2,1 pontos em fevereiro, na comparação com janeiro, para 51,7 pontos. Com o avanço do mês, o índice rompeu a sequência de quatro quedas consecutivas e superou a linha de 50 pontos, indicando que os empresários estão confiantes.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou 1 ponto percentual em janeiro de 2023, frente a dezembro de 2022, passando para 66%. Trata-se de um aumento da mesma magnitude, de um ponto percentual, na comparação com janeiro do ano passado, o que mostra que o nível de utilização começa esse ano no patamar mais alto para um mês de janeiro desde 2014.
Apesar de registrar queda do emprego e da produção no início de 2023, com recuo de 2,9 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado é considerado, em grande parte, típico para este momento.
Para a economista da CNI Larissa Nocko os indicadores de expectativa, de investimento e de confiança apontam um empresário do setor da construção mais otimista.
“Os últimos meses de 2022 mostraram uma perda de ritmo da atividade e, em janeiro, os índices de expectativas apresentaram perspectiva de queda. A intenção de investimento e a confiança também acumulavam sucessivas retrações em janeiro. Em fevereiro houve recuperação de parte desse comportamento de queda”, explica.